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Conhecendo o Irmão - Fernanda, Ricardo e Gabriel

– Gabriel. _ Ricardo chamou, fechando a porta. – Essa é Fernanda. _ Apresentou quando seu irmão surgiu na entrada.

– Nossa, ela é gostosa.

– Gabriel! _ Repreendeu-o.

– Foi mal, cara. Escapou. _ Diz, rindo.

– Fernanda, esse é o idiota do meu irmão. _ Revira os olhos.

– Prazer. _ Sorri corada para a cópia quase idêntica e um pouco mais alta de Ricardo.

– Todo meu. _ Diz, olhando-a de cima a baixo.

– Para com isso. _ Dá um soco no braço do irmão.

– Vamos comer, vamos comer. _ Diz, massageando o braço e caminhando para a cozinha. – A mesa já está posta. Fiz uma das receitas da mamãe.

– Podemos pedir comida por telefone se você não conseguir comer. _ Diz a Fernanda, ajudando-a a se sentar.

– Eu cozinho muito melhor que você, fedelho. _ Diz, sentando ao lado do irmão.

– Só porque você quer. _ Implicou. – Eu sei que parece impossível, mas ele é mais velho cinco anos.

– Isso porque você envelheceu aos dezoito e eu continuo jovem. _ Abaixa a voz, voltando-se para Fernanda. – Ele é adotado.

– Então adotaram você primeiro. _ Diz no mesmo tom baixo que ele. – Vocês são idênticos.

– Bom ponto. _ Ri junto com Ricardo. – Puxamos muito de nosso pai.

– Você tem mais traços da mamãe. _ Diz Ricardo ao irmão.

– É verdade. _ Admite. – Você é a cópia exata de nosso pai. _ Revira os olhos. – Com essa cara de responsável e suas manias corteses. _ Vira para Fernanda. – Ele já lhe disse sobre isso? Ele tem que puxar a cadeira e dar passagem, e, oh, sair do carro primeiro e abrir a porta. Ele fica doido se não o deixar fazer isso. _ Ri.

– Você recebeu a mesma educação, só a ignora. _ Se defendeu.

– Eu ainda estou me acostumando, mas eu gosto.

– Eu jurava que ele fosse se acertar com alguém que o tirasse da linha, mas você parece aceitar que ele seja todo certinho. _ Diz, balançando a cabeça.

– Você não devia ficar imaginando com quem... _ Gabriel agarra seu braço. – O que foi?

– Isso é uma mordida? _ Pergunta, desviando o olhar da marca para Fernanda, vendo-a corar. – Se as coisas não derem certo entre vocês, você pode me procurar.

– Gabriel!

– Ela é um achado. _ Se defende. – Se você for estúpido o suficiente para perdê-la, quero que ela saiba que não me importo em ser a segunda opção.

– Não se ofereça a minha namorada tão descaradamente. _ Diz, dando um tapa em seu pescoço.

– Tudo bem, ela não precisa me usar como plano B. Pode ser só para consolo mesmo. _ Recebe outro tapa no pescoço. – Você pode me usar para qualquer coisa.

– Eu vou usá-lo como saco de pancadas se você não parar de cantá-la.

– Parei. _ Diz, levantando as mãos em rendição. – Mas eu gostaria de ressaltar que somos muito parecidos. _ Levanta ao mesmo tempo em que Ricardo. – Todos precisam de um plano B, maninho. _ Corre para fora da cozinha.

– Eu vou parti-lo em A e B, não se preocupe. _ Diz, correndo atrás dele.

– Rapazes? _ Fernanda os segue para fora, aliviada por ver diversão em seus olhos.

– Eu sou mais forte que você. _ Ricardo o prende em uma chave apertada.

– Eu ensinei tudo o que você sabe, moleque. _ Acotovela o estômago de Ricardo e sai de seu agarre.

– Você está ultrapassado, vovô. _ Derruba-o, prendendo-o no chão com o peso de seu corpo. – Desista.

– Não nessa vida. _ Ofegou, tentando se soltar. – Só estou deixando você ganhar porque sua namorada está olhando. _ Os dois olham para Fernanda.

– Pausa para o almoço? _ Ofereceu.

– Trégua? _ Pergunta Gabriel a Ricardo.

– Inferno, sim. _ Solta o irmão. – Estou morrendo de fome.

– O Ricardo é ciumento. _ Gabriel diz a Fernanda, piscando para ela.

– Verdade? _ Ri. – Não tinha notado.

– Sou mesmo. _ Diz, agarrando-a e a afastando de seu irmão.

– Já disse que sou toda sua. _ Ricardo geme.

– Quando você vai embora, Gabriel? _ Pergunta Ricardo.

– Cara, você me convidou para almoçar. Alimente-me, pelo menos, antes de me expulsar. _ Ri.

– Você pode fazer seu prato e levar para casa. _ Ofereceu.

– Ricardo. _ Repreendeu Fernanda, recebendo um beijo dele.

– Bem, eu tinha que tentar.

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