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Conheci uma pessoa que adorava usar rosa com vermelho. Uma mulher marcante. Não importava quem dissesse a ela que rosa e vermelho não combinavam, ela não se importava, usava e se sentia bem com isso. E, quer saber, gostaria de ser mais como ela. Eu usaria short e vestido, apesar das minhas pernas finas. E não só isso, faria muitas coisas diferentes. Sempre usei o cabelo comprido. Cabelo cacheado, cheio, supõe-se que deve ser comprido. Em uma loucura de final de ano, cortei. Cortei mesmo! Chanel, na altura do queixo. Me apaixonei. Nunca mais consegui deixar meu cabelo crescer, mas também nunca deixei de tentar. Depois de cada corte eu digo que vou deixar crescer. Mas por quê? Eu adoro meu cabelo curto, é prático, mais fácil de cuidar, e a tesoura e eu temos uma relação muito boa, deliro cada vez que vejo um corte novo. O ideal de cabelo comprido não é meu, não é por mim que planejo deixar meu cabelo crescer. Você pode me dizer “Ah, mas não expor as pernas por não gostar delas, manter o cabelo comprido para ser mais feminina ou seguir os ditos da moda não são lá grandes sacrifícios.”. Talvez você esteja certa. Mas, será que você trabalha por você? Estuda por você? Quantos de seus sonhos são realmente seus? Um corte de cabelo pode parecer pouco, mas são nos pequenos hábitos que nascem os grandes vícios. O que mais tenho feito pensando nos outros e não em mim?
Da próxima vez que eu for cortar o cabelo, vou dizer: corte, corte mesmo, corte sem pena! A partir de agora, vou cortar por mim.

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